POUS apela à "retirada da 'troika'"

A cabeça de lista do Partido Operário de Unidade Socialista (POUS) às legislativas de domingo, Carmelinda Pereira, defendeu hoje a "retirada da 'troika'" na defesa dos direitos e condenou o "ataque brutal à liberdade" dos jornalistas.
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Numa visita ao Sindicato dos Jornalistas, em Lisboa, os representantes do POUS reuniram-se com a direcção desta estrutura e criticaram aquilo que consideram uma "ofensiva dos senhores do mundo" sobre os vários povos da Europa.

"Esta ofensiva reflecte-se em todos os países da Europa. Os senhores da União Europeia, do grande capital, unem-se para desencadear uma grande ofensiva sem precedentes aos direitos e à civilização e nós ficamos isolados, em cada país, como se não houvesse alternativa à chantagem. Como se tivéssemos de aceitar aquelas condições, se não desaparecemos", disse Carmelinda Pereira.

Para a dirigente do POUS, "a palavra de ordem tem de ser 'retirada da troika, já!'", além de um "não a esta União Europeia", com vista a uma acção concertada rumo a uma união livre das nações soberanas" porque "é preciso unir todos para salvar a democracia, os serviços públicos, a produção e a riqueza".

"Há uma ataque brutal à liberdade e deontologia profissional a um setor tão imprescindível nesta sociedade da comunicação. É uma profissão nevrálgica porque (os jornalistas) têm um papel importantíssimo na forma como dão a informação e ajudam em toda a população no desenvolvimento de um sentido de civismo e de participação na sociedade", continuou.

Carmelinda Pereira destacou os problemas da precariedade e consequente falta de independência dos profissionais da Comunicação Social, impedindo que se possa "elevar o grau de reflexão, a capacidade crítica, capacidade de construção e de relação e de avanço e de sonho" em geral. "Pretende-se fazer das pessoas mentecaptos que não podem pensar se não de acordo com os programas que apelam a elementos básicos como a violência, o sexo e o consumo", justificou.

Relativamente à recente decisão de um tribunal, favorável à participação de mais partidos em debates televisivos que não só as forças políticas com assento parlamentar, os responsáveis do POUS congratularam-se com a posição, já demonstraram disponibilidade para marcarem presença nos futuros eventos, mas "ainda não houve qualquer contacto". "O tribunal limitou-se a interpretar a Lei, que ainda vem do 25 de Abril, no sentido de que todas as forças políticas têm o direito de expor o seu pensamento e propostas", afirmou Carmelinda Pereira.

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